Um tributo ao meu pai
Não quero colocar o meu pai em um pedestal. Ele não gostaria disso. Sempre modesto, não me lembro de tê-lo visto querer receber o mérito por coisa alguma. Se o elogiassem, ele apontava para o céu, para o seu Criador, e dava a glória a Deus.
Lembra-se como o pai [na parábola que Jesus contou do filho pródigo] tratou o rapaz quando ele voltou para casa?1 Ele por acaso correu até o filho para ver se estava com hálito de bebida? Será que comentou sobre as más condições de suas roupas? Por acaso criticou seu cabelo despenteado e as unhas sujas? Será que quis saber se havia sobrado dinheiro? É claro que não! Abraçou o rapaz. Deu-lhe um abraço amoroso, de aceitação.
Acredito que essa história do amor de um pai está imortalizada na Bíblia primeiramente para nos mostrar como Deus nos aceita. Não faz sentido, então, seguir Seu exemplo ao lidarmos com os nossos filhos? Não podemos dispensar alguns abraços amorosos durante o dia para lhes mostrar que os aceitamos?
Certa vez, eu estava um tanto frustrado com minha absoluta incapacidade de desenhar até mesmo as figuras mais simples. Deus procurou me animar lembrando-me que me havia dado o dom de escrever. Retruquei que uma imagem vale mil palavras, mas Ele arrematou: “É verdade. E ainda bem que alguém escreveu isso, ou teria se perdido no tempo.”