Já sentiu que, para atender às suas próprias expectativas e às dos outros, você teria que trabalhar incansavelmente, ignorar o cansaço, não dar bola para o estresse — e mesmo assim não chegaria lá? As demandas sempre vão superar os recursos. Só pensar nisso é estressante, mas é exatamente sob este signo que passamos a maior parte do tempo.
Este ano, um número sem precedente de vidas foi abalado pela crise de saúde Covid-19 e muitos ainda estão sendo impactados.
Ao longo dos anos, minha mochila sofreu muito. Já esteve comigo sob o sol inclemente e quando chovia aos borbotões; circulou vezes sem conta pelo meu bairro e viajou comigo para terras distantes, do outro lado do oceano. Participou comigo de projetos humanitários e me acompanhou em viagens de férias. Na verdade, esteve comigo em quase todos os lugares aonde fui.
Nossa van pifou. Estávamos em pleno verão, na hora do rush e eu dirigia completamente perdida pelas ruas. No meio do congestionamento o ar condicionado parou de funcionar. Achando que era apenas falta de sorte ter ficado presa no trânsito e ter problemas com o ar condicionado, agi como de costume diante de um problema: toquei adiante.
Você já sentiu como se estivesse em um monociclo sobre uma corda bamba, fazendo malabarismos com cinco tochas e sendo perseguido por um mestre da corda bamba com uma arma de laser? Eu sim! A vida é um ato de equilibrismo e malabarismo. Estamos sempre tentando nos manter vivos. Estou cansada e aposto que você também. Às vezes, o equilíbrio e a sanidade parecem uma miragem — uma coisa linda, maravilhosa e sempre fora do alcance. Recentemente, senti que minha estava assim e que ia entrar em parafuso — o que me levou a pensar que provavelmente não estava vivendo como Deus ensina. Afinal, Sua palavra tem coisas a dizer sobre a vida:
O alívio do estresse se tornou um negócio multibilionário e multifacetado. Legiões de especialistas distribuem os mais variados conselhos. Alguns apontam a gestão do tempo como resposta, ou seja, que o estrese diminuirá se melhorarmos nossa habilidade de fazer malabarismo com tudo que temos de fazer. Outros garantem que o segredo é a paciência: ser ambicioso, mas concentrar-se em metas menos intimidadoras de curto e médio prazo. Há os que aconselhem a reavaliação de nossas prioridades pelo prisma da qualidade de vida e que devemos nos ater ao que é mais importante. E não faltam os que sugerem uma abordagem mais espiritual, segundo a qual devemos procurar aliviar o estresse pela ioga, meditação ou práticas similares. Em quem acreditar?